As características principais a serem consideradas
quando olhamos para um subwoofer são as seguintes:
Tamanho do alto-falante: há alguns anos atrás,
considerávamos subwoofers verdadeiros como caixas que possuíam alto-falantes de
10 polegadas para cima. Com a evolução dos alto-falantes e seus materiais,
subwoofers de 8 polegadas passaram a oferecer subgraves de qualidade para
ambientes de pequeno ou médio porte. Idealmente, quanto maior o alto-falante,
melhor a qualidade dos graves, sendo o tamanho de 10 polegadas ideal para uso
residencial em um Home-theater. Caso o sistema permita a conexão de duas
unidades, dois subs de 10 polegadas darão conta do recado em ambientes grandes.
Potência RMS: voltamos aqui à mesma discussão de nossa
coluna de dois anos atrás. Potência se declara por meio da potência contínua
RMS de acordo com a norma brasileira NBR IEC 60268-5. Todas as outras formas de
declarar potência, além de serem consideradas ilegais pelo INMETRO, levam a
valores fantasiosos cujo objetivo é enganar o consumidor. Existem poucas
empresas sérias que declaram esse valor de potência contínua RMS. O leitor deve
ficar de olho na especificação para não levar gato por lebre, sempre
desconfiando de valores como potência máxima, de pico ou musical e também de
potências RMS sem especificação de norma técnica.
Tipo de amplificação: amplificadores classe D são
maioria no mercado, por uma questão de custo. Eles são bem mais baratos que
seus primos AB. Amplificadores classe AB de alta eficiência são uma opção um
pouco mais cara e de melhor performance e qualidade. Amplificadores classe D,
por sua vez, tem uma caraterística importante que limita a desempenho de graves
do sistema, que é o baixo fator de amortecimento. É complicado atingir valores
elevados de fator de amortecimento com amplificadores classe D. Isso faz com
que os graves sejam prejudicados em relação aos amplificadores em classe AB, G
ou H. A grande vantagem da classe D é a capacidade de fornecer grandes potências
sem aquecimento excessivo e a um custo mais baixo, mas devemos observar se o
fator de amortecimento é um valor ao menos razoável. Em caso de dúvida, fique
sempre com o valor mais alto, pois o fator de amortecimento é um dos parâmetros
mais importantes para a obtenção de graves de boa qualidade.
Sintonia da caixa: a maioria esmagadora dos subwoofers
tem sintonia bass- reflex, já discutida em colunas passadas. Essa sintonia,
quando bem executada, proporciona o melhor resultado acústico para um
determinado custo. Há opções também usadas como a caixa selada (ou suspensão
acústica), a band-pass e a do tipo radiador passivo. A caixa selada proporciona
graves secos e firmes, ao custo de menor eficiência do sistema, que se traduz
em amplificadores e subwoofers maiores para um mesmo resultado acústico. Já a caixa
band-pass permite obter resultados bastante interessantes ao se balancear
extensão dos graves contra pressão acústica. O tipo radiador passivo usa um
alto-falante passivo adicional (sem o ímã), que faz a função do duto, com
algumas vantagens em relação ao bass-reflex, mas com custo superior. Portanto,
o uso de subwoofers com a sintonia bass-reflex oferece o melhor custo benefício
e representa hoje a maioria esmagadora do mercado.